Tudo começa assim, elas se juntam para tomar chá ou em um aniversário, até mesmo se esbarram no mercado, isso depois de um ano ou mais sem se verem. O assunto é o mesmo. As perguntas nunca mudam. Como está sua filha? Eles crescem tão rápido. E seu marido, melhorou? Fiquei sabendo que ele estava doente. Nossa, eu quase não to fazendo nada por causa da minha artrose. E você tá sabendo? Fulano morreu menina, é ele tava muito mal já, descansou. E aquele ciclano também morreu. E daí vai, toda a árvore genealógica que morreu disso, daquilo e daquilo outro.
Fico impressionada porque, eu, quando encontro com minhas amigas sempre rola um papinho de quem teve filho, quem tá namorando, quase casando. E a conversa que descrevi acima, é uma conversa que minha vó tem com as amigas dela, e que provavelmente a sua também tem, e todas as avós -ou senhoras idosas- do mundo têm.
Como as conversas vão mudando. Como os assuntos que hoje me entediam -porque sinceramente eu não gosto nada de ficar ouvindo quem morreu de quê e quando o tempo todo- um dia talvez podem ser minha conversa também. Assim como minha vó já conversou sobre quem casou, quem teve filho, quem tava namorando. A gente pensa que não, mas na verdade, tudo é fase, e temos que dar graças a Deus porque tivemos oportunidade de vivê-las.
Mas é claro, que isso não pode ser uma desculpa para ficarmos por aí de cabeça baixa, choramingando. Adorei ver minha vó e as amigas delas, numa festinha que era para terceira idade, dançando as músicas dos anos 70 até as músicas de hoje. Não dançando como nós jovens dançamos, mas elas estavam se divertindo. Não só falando de gente que morreu e blá blá blá.
Acho independente de qualquer conversa, qualquer idade, qualquer coisa, o importante mesmo é ser feliz, e aproveitar a vida aos máximo. Curtindo todas as fases possíveis.
Vida longa a todos, beijos ;*
terça-feira, 7 de setembro de 2010
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