Sabe, hoje foi um daqueles dias improdutivos de que ninguém -na sociedade ocidental, pelo menos- se orgulha. Um dia que levantar pra ir ao banheiro é o máximo de esforço que eu pude fazer. Mas principalmente hoje, eu fiquei lembrando de muitas coisas -se é que se pode chamar um caso de poucos meses de "muita coisa". Na minha situação, eu poderia ter tentado rejeitar todas essas lembranças e simplesmente me ocupar com outra coisa -o que, aliás, é o que eu tenho feito sempre- mas hoje eu tive vontade de deixar cada flash invadir minha mente e me ver de novo envolvida em todas aquelas situações. Me permiti sentir de novo o gosto do vinho no apartamento bagunçado -mas incrivelmente aconchegante- ao som de Zeca e um pouco de Djavan, rs. Se isso foi tudo o que restou, então não tenho que lutar contra isso. Lembrei do chuveiro, do tombo, da dor na coluna de dormir abraçado. Lembrei de cada palavra, das coisas em comum e do som da sua voz.
Eu acho muito improvável que isso tudo volte a acontecer e de todo o meu coração não crio esperanças quanto a isso. Mas as lembranças eu vou guardar. Pode ter certeza disso.
ps: Uma outra coisa boa disso tudo? Me deu vontade de voltar a escrever. (Mesmo que sejam coisas bobas que eu não mostre pra ninguém, rs)...
domingo, 27 de outubro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Vá se acostumando...
Houve um tempo em que tudo o que eu queria era escrever. Escrever sobre o que eu sentia, sobre o que eu via, sobre tudo. Há um tempo eu já não sei mais o que dizer. Eu poderia começar com um "Tudo mudou...". Mas acho que no final das contas, isso acontece para todos e de vez em quando a vida dá uns recadinhos do tipo "vá se acostumando com isso".
Às vezes me pego pensando em como a gente não imagina o que pode acontecer com a gente no futuro. Digo, não imagina MESMO. Fico imaginando Deus olhando pra gente enquanto fazemos planos mesquinhos -ou não- e pensando "Ah, você não sabe o que te espera!". É no mínimo curioso o fato de um dia estarmos em um lugar e no outro simplesmente mudarmos de cidade, de casa, de amigos, de amores... E um dia tudo aquilo que deu sentido à sua vida se torna completamente sem sentido e dá lugar a uma experiência nova, ao mesmo tempo assustadora e revigorante.
E assim a gente vai vivendo, esperando a vida nos encher com mais e mais surpresas...
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